A coordenadora do Núcleo Municipal de Vigilância Epidemiológica, Josyane Cruvinel, está alertando as meninas com idade entre 9 e 14 anos para a necessidade de tomarem a vacina contra o HPV, vírus responsável pela transmissão do câncer do colo do útero. Segundo ela, a procura tem sido pequena e isso pode colocar as meninas em situação de risco de contraírem a grave doença.

“Talvez por medo ou mesmo por falta de conscientização, as meninas nesta faixa etária estão deixando de procurar o Centro de Saúde para serem vacinadas contra o HPV e isso é muito preocupante, pois as garotas ficam sujeitas a serem infectadas pelo vírus, que é causador do terceiro tipo de câncer que mais mata as mulheres no Brasil”, comenta Josyane.

Segundo a coordenadora, um outro fator para a redução na procura, além do medo de reações desagradáveis, pode ter sido o fato de que, no ano passado a primeira etapa foi ao encontro das meninas e adolescentes, com a vacinação sendo realizada nas escolas, diferente deste ano, quando elas precisam ir aos postos de saúde para tomar a vacina.

A coordenadora garante que a vacina contra o HPV é extremamente segura, uma proteção para a vida e, além de proteger a menina, os estudos mostram que a comunidade também fica protegida. “Por isso, devemos alertar os pais e responsáveis sobre a importância da vacina. Precisamos contar com a colaboração dos pais e das escolas no sentido de incentivarem suas filhas a se vacinarem”, ressalta Josyane.

A vacina está disponível no Centro Municipal de Saúde, Sady Carnot de Ávila, que funciona no horário das 7 e 30 às 17 horas e 30 minutos, sem fechar para o almoço, de segunda à sexta-feira. Para receber a dose, basta apresentar o cartão de vacinação e o documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. A segunda deve ser tomada seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. A partir de 2016, serão vacinadas as meninas de 9 anos.

As meninas de 11 a 13 anos que só tomaram a primeira dose no ano passado também podem aproveitar a oportunidade de se prevenir e procurar o posto de saúde ou falar com a coordenação da escola para dar prosseguimento ao esquema vacinal. Isso também vale para as meninas que tomaram a primeira dose aos 13 anos e já completaram 14. “É importante ressaltar que a proteção só é garantida com a aplicação das três doses”, acrescenta Josyane.

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Por Jorivê Siqueira