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Para completar a proteção contra o vírus que causa o câncer do colo do útero, a adolescente precisa tomar três doses da vacina

A 2ª etapa de vacinação contra o HPV, causador do câncer do colo do útero, que começou em setembro deste ano em todo o Brasil, ainda não atingiu os 80% do público-alvo da campanha em Morrinhos. A informação é do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Municipal da Saúde, acrescentando que ainda faltam cerca de 100 meninas para serem vacinadas. “Isso representa 70% das 1.006 meninas na faixa etária de 9 a 11 anos que vivem em Morrinhos”, comenta a coordenadora Josyane Cruvinel, acrescentando que o ideal seria imunizar 80% desse total.

A coordenadora ressalta a importância da vacina para as meninas. “A vacina é extremamente segura é uma proteção para a vida. Além de proteger a menina, os estudos mostram que a comunidade também fica protegida. Precisamos contar com a colaboração dos pais e das escolas para conseguir alcançar a nossa meta. O câncer de colo do útero, causado pelo HPV, é o terceiro tipo de câncer que mais mata as mulheres no Brasil. Por isso, é muito importante fazer a prevenção”.

A Campanha de Vacinação Contra o HPV, em Morrinhos, não tem data para terminar. “Enquanto não atingirmos a meta prevista, que é de imunizar 1.006 meninas, a vacina continuará sendo aplicada e estará disponível no Centro Municipal de Saúde”, afirma Josyane.

A coordenadora informa ainda que as meninas na faixa etária de 12 a 14 anos de idade que tenham iniciado o esquema vacinal em 2014 e por algum motivo não receberam a segunda dose da vacina (6 meses após a primeira) também deverão ser imunizadas.

A vacina contra o HPV está disponível no Centro Municipal de Saúde, que funciona no horário das 7 e 30 às 17 horas.

Tríade
Para completar a proteção contra o HPV, a adolescente precisa tomar as três doses. Além das duas que começaram a ser oferecidas neste ano, é necessário tomar uma terceira, prevista para ser aplicada cinco anos após a primeira.

O Papiloma Vírus Humano é sexualmente transmissível e pode provocar câncer de colo de útero, terceiro tipo da doença que mais afeta as mulheres. De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), quase 16 mil brasileiras serão afetadas em 2015.

A vacina, no entanto, é apenas uma das estratégias contra o HPV, diz Josyane Cruvinel. “A aplicação dela é só uma das formas de se combater a transmissão. Ao longo da vida deve ser feito uso de preservativo e o exame preventivo”, explica.

A agente educacional Rosilda Maria da Silva, de 43 anos, levou sua filha Gabriela Dias de Oliveira, que completou 14 anos em 2015, para tomar a vacina. “Vi a campanha e sei da importância de se proteger contra o vírus. Em casa sempre conversamos sobre questões relacionadas a sexo. Comigo não tem tabu, não. A Gabriela inclusive já vai para o ginecologista”, conta.

A vacina é boa e segura, garante Josyane. “Podem ocorrer alguns eventos leves, como inchaço, dor no local da aplicação e, em casos raros, febre e dor de cabeça. Não é nada comparado aos perigos do câncer”, relata.

Governo da Cidade de Morrinhos
O Povo em Primeiro Lugar
Por Jorivê Siqueira