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O prefeito Rogério Troncoso, assessores, vereadores e secretários municipais participaram do Fórum de Enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, na tarde desta quarta-feira, 20 de maio, na Câmara Municipal de Vereadores. A iniciativa é da Prefeitura de Morrinhos, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, em parceria com o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) e o Ministério Público (MP).

Durante toda a semana estão acontecendo diversas ações de movimentação com o objetivo de combater a violência, a exploração e o abuso sexual praticados contra crianças e adolescentes, incentivando toda a sociedade a se mobilizar e denunciar situações suspeitas. Além da realização do fórum foram feitas palestras e concursos de redação nas escolas de Morrinhos sobre o tema e, nesta sexta-feira (22), haverá uma caminhada com saída da Praça Lions, às 7 horas da manhã, e chegada na Praça do Mercado.

Na ocasião, o prefeito Rogério Troncoso destacou a importância do trabalho social realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, por meio dos órgãos subordinados como o CREAS, CRAS, núcleos de assistência social nos bairros, Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, SEMIRA e outros.

O prefeito lembrou que toda a sociedade precisa ajudar a combater o abuso e a violência sexual contra crianças e adolescentes, numa parceria entre a comunidade, Ministério Público, promotorias de justiça e entidades assistenciais do município. “Este fórum é uma oportunidade para debater temas importantíssimos que podem ajudar a identificar um agressor, tendo em vista que reuniu profissionais que têm contato direto com as famílias, como os agentes comunitários de saúde, professores, diretores de escolas e outros. Identificados esses casos, a mão pesada da justiça há de prevalecer”, enfatiza.

A primeira dama Terezinha Amaral disse que 18 de maio é um dia dedicado à reflexão. “Este é um momento triste, mas necessário, porque é preciso parar para pensar neste assunto que destrói vidas e famílias inteiras, que é a violência sexual contra crianças e adolescentes. A responsabilidade de denunciar e fiscalizar é de toda a sociedade, pois as entidades assistenciais sozinhas não conseguem”, ressalta.

Durante uma palestra o Promotor de Justiça de Morrinhos, Rubens Rosa Júnior, explicou o que caracteriza o abuso sexual, físico e psicológico. Ele esclareceu ainda que a criança que está sofrendo este tipo de exploração apresenta alguns sinais como agressividade, abatimento, tristeza profunda, alto interesse por temas sexuais, desconcentração e outros.

O Promotor ainda salientou que a criança abusada, na maioria das vezes, se sente culpada e, por isso, é preciso ter tato para se aproximar dela e conversar, incentivando-a a falar e denunciar de forma que não se sinta pressionada psicologicamente. Ele também enfatizou que a maioria dos casos (cerca de 80%) acontece no âmbito familiar e lembrou da dificuldade de punir os agressores, nos casos em que não existem provas materiais. Ele ainda listou os órgãos disponíveis para denúncia.

Várias apresentações coroaram a programação com temática alusiva aos prejuízos do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na infância e na vida adulta. O Núcleo de Assistência Social Bolsa Família do Setor São Francisco de Assis apresentou as músicas “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rollingstones”, dos Engenheiros do Havaí, e “Aquarela do Brasil” da cantora Gal Costa. As alunas do Centro de Artes de Morrinhos encenaram a música “Assim sem você” de Adriana Calcanhoto.

Caso Lucélia
A palestrante destaque da programação foi a jovem Lucélia Rodrigues da Silva que há alguns anos foi adotada e torturada fisicamente e psicologicamente por uma empresária de Goiânia. Ela foi libertada porque um advogado que morava no prédio desconfiou dos maus tratos e denunciou para a polícia. Logo, o Conselho Tutelar e as autoridades competentes foram até o local onde Lucélia estava presa e amordaçada e a tirou daquele inferno em que ela vivia.

“Hoje eu não estou morta porque Deus atuou na minha vida e me libertou, através de alguém que denunciou aquela empresária. Não podemos ser covardes, pois a responsabilidade é de todos nós. Precisamos ‘ouvir’ os gritos daqueles que sofrem em silêncio só esperando que alguém ajude e denuncie”, finaliza Lucélia.

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Governo da Cidade de Morrinhos. O Povo em Primeiro Lugar!
Redação e fotos: Assessoria de Comunicação Social (Assecom)
Por Ellen Ribeiro