Alunos da Escola Eudóxio de Figueiredo realizam projeto de cultivo de planta que combate o mosquito da Dengue
Última atualização em 20 novembro 2023 às 09h44
Uma turma de 25 alunos, do Ensino Fundamental I e II, da Escola Municipal Eudóxio de Figueiredo, começou a desenvolver, em Morrinhos, um projeto de cultivo da planta Crotalaria Juncea, que vem sendo usada com sucesso por várias cidades do País, como a mais nova arma no combate à proliferação do mosquito da dengue. “Trata-se um projeto que vai ser levado para a todas as outras escolas da cidade e que deverá ser adotado também por toda a comunidade morrinhense”, explica o Professor Leandro José Narciso, que está à frente da Comissão Ambiental, integrada por alunos daquela unidade escolar.
A Crotolária Juncea é uma espécie luguminosa que tem rápido crescimento. Dela nasce uma flor que exale um cheiro que atrai a libélula, que é uma espécie de borboleta rabuda, que gosta de ficar à beira d’água. O seu prato principal são os mosquitos, como a muriçoca, o pernilongo e o Aedes aegypti, transmissor da Dengue, da Chikungunya e do terrível Zika vírus.
O Professor Leandro explica como a libélula elimina o mosquito da Dengue. “A flor da Crotalária atrai a libélula que, por sua vez se alimenta dos ovos do mosquito da Dengue e, dessa maneira, o Aedes aegypti não consegue se reproduzir. A libélula também põe ovos nos mesmos locais que o mosquito da dengue, em água parada, água limpa. Quando as larvas da libélula eclodem, elas comem a larvas do mosquito da Dengue”.
O cultivo da Crotália Juncea está inserido no Projeto Viver Horta, Plante Essa Ideia, que utiliza como viveiros somente materiais recicláveis, como copos descartáveis e garrafas de plástico, caixas de leite e outros. “Os alunos vão cultivar a planta nas escolas, onde serão instalados viveiros, onde eles mesmos farão o plantio e distribuirão gratuitamente para a comunidade. O projeto não é somente da escola, é da comunidade”, explica o Professor Leandro.
Segundo ainda o Professor Leandro, a Crotalária Juncea é uma planta que é bastante utilizada em jardins, apartamentos, em casa, porque é uma planta ornamental bonita, que dá uma flor amarela. Após o seu período de vida, que varia de 8 a 10 meses, ela vai dar várias sementes, fazendo com que ela se multiplique. “Estamos iniciando o projeto agora, fazendo o primeiro plantio das sementes. Muito em breve, faremos um dia D para uma ampla divulgação dessa nova arma contra a Dengue, quando vamos orientar a população como adquirir as mudas junto às escolas”, afirma.
A Escola Eudóxio de Figueiredo, que já vem trabalhando com vários projetos voltados para a preservação ambiental, como o plantio de mudas de árvores nativas da região, elegeu como carro-chefe para este ano o cultivo e distribuição da Crotalária Juncea, em função da população estar vivendo um período de extrema agonia causada por esse mosquito, transmissor de tantas doenças graves.
O uso da Crotalária não dispensa os cuidados de cada morador com o seu ambiente doméstico e do governo local com os espaços públicos, mas é uma ajuda importante e ambientalmente adequada. E, além disso, fornece a beleza das flores e das libélulas dos jardins, vasos e quintais.
São inúmeros os municípios que tem adotado essa providência em seus territórios com o objetivo de combater naturalmente o mosquito da dengue, a saber: Anápolis-MS, Pirassununga SP, Dourados MS, Araraquara SP, Rio Preto SP, São José do Rio Preto SP, Teresina PI, Vitória ES, ao todo são mais de 20 (vinte) municípios, portanto, se essa simples medida se mostrou eficaz em todos naquelas localidades, seria muito bom que Morrinhos também adotasse de imediato essa providência simples e de baixo custo.
Onde plantar a Crotalária Juncea
Na área urbana: jardins, praças, passeios, etc. Pode-se plantá-la consorciada com outras plantas. galinheiros, entre galpões etc. Na área residencial: em qualquer lugar, jardins, varandas, terraços, terreiros, desde que fique exposta ao sol. Com ação do sol, ela se desenvolve, exala substâncias, perfuma ambientes, repele insetos.
Pode causar danos à saúde? Não, por ser um repelente ecológico. Não existem ocorrências de reações alérgicas. Contudo, deve-se evitar esfregar as folhas no corpo e em seguida se expor ao sol intenso.
Governo da Cidade de Morrinhos. O Povo em Primeiro Lugar!
Redação e fotos: Assessoria de Comunicação Social (Assecom)
Por Jorivê Siqueira